sábado, 16 de abril de 2011

domingo, 20 de junho de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Leitura aconselhada


Tropecei neste livro muito curioso na Bertrand. Achei-o de uma imaginação deliciosa... e muito adequado à nossa situação não só política mas também social!

Recomendo...


Deixo-vos em seguida o link para o site Wook, também muito útil, onde têm um pequeno resumo do livro.
Boas Leituras!!
http://www.wook.pt/ficha/porreiro-pa-/a/id/2552176

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Indignação e Vergonha




"...esta ponte não tem de ter aquelas horrorosas rampas de acesso a pessoas com mobilidade reduzida."
É desta forma que, no artigo de opinião publicado pelo Diário de Aveiro no dia 24 de Fevereiro (ver imagens acima), um certo senhor se refere a como, na sua opinião, caso a construção se verifique nos actuais moldes, deveria ser a nova ponte sobre o Canal Central da Ria de Aveiro.
Senhor este que durante 8 anos presidiu ao executivo da Câmara Municipal de Aveiro e foi o defensor dos interesses de todos os Aveirenses, onde se englobam (supostamente) os de mobilidade reduzida (certo?).
Acrescenta ainda que "Há outras soluções para as pessoas com mobilidade reduzida" e "...se obstinarem na sua construção, cortem pelo menos as duas rampas" pois, assim (citando) "a ponte ganharia em leveza e perderia boa parte do seu impacto negativo".
Não ponho em causa a sua opinião contra a construção da referida ponte, pois, nesse tema, cada um é livre de ter a sua opinião e a minha não a vou sequer aqui referir pois o objectivo desta minha intervenção não é de todo a polémica em redor do assunto. O que não gostaria que passasse em branco são as palavras deste senhor que, em prol da estética, das aparências e da futilidade, publicamente afirma que há-de haver outras soluções para quem use cadeira de rodas (ou até mesmo carrinhos de bebé), entre elas se calhar deslocarem-se até à rotunda das Pontes e fazer novamente o trajecto em sentido contrário. Mas será que não era isto que já fazíamos? Não terá sido esta uma das razões por que se pensou em construir a ponte?
Apetece-me perguntar a este senhor se sabe o significado de "obras públicas" e de "dinheiros públicos". Se se vai gastar o dinheiro que é de todos, então TODOS teremos que ter igual acesso à obra feita. Embora que este senhor prefira que a ponte não se construa, custa-me ouvir que essa construção já seria mais aceitável se fosse só para transiuntes sem mobilidade reduzida, pois assim ficaria mais agradável à vista dos turistas. E os Aveirenses? ...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A quem vai servir o TGV...

Este é o pensamento político que temos:
· Estádios de futebol, hoje às moscas,
· TGV,
· novo aeroporto,
· nova ponte,
· auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,
· CCB luxuoso, etc. etc.

A quem na verdade serve tudo isto?
Nas próximas eleições legislativas: maiorias absolutas 'jamais' e por longos anos.....

PORTUGUESES, A QUEM VAI SERVIR O TGV...
1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,
2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E... CLARO,
3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA...

OS PORTUGUESES FICARÃO (UMA VEZ MAIS) ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !

Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros. A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas. Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais,
seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está:
- na excelência das suas escolas,
- na qualidade do seu Ensino Superior,
- nos seus museus e escolas de arte,
- nas creches e jardins-de-infância em cada esquina,
- nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.

Percebe-se bem porque não:
- construíram estádios de futebol desnecessários,
- constroem aeroportos em cima de pântanos,
- nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo. É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos
· na Noruega,
· na Suécia,
· na Holanda
· e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País. Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:
- 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).

E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências
como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.